Sardinhas assadas

Foto de Guidinha Pinto

A bela sardinha assada. O cheiro funciona como um íman.
Saboreei a sardinha de Caminha (Norte de Portugal); Saboreei a sardinha da Figueira da Foz (Centro de Portugal); Saboreei a sardinha de Tavira/Olhão (sul-sotavento de Portugal). Todas boas, todas diferentes.
A foto é de férias, no Restaurante o Libério, entre Manta Rota e Tavira.
A pele da bichinha, como se pode constatar, saíu como uma capa. Não resisti e antes de as degustar, guardei-as num clic. Algarvias, de Tavira. Um sabor inconfundível a mar, são as minhas preferidas. Assadas na brasa, afastadas do lume e sem pressas. Com meia batata cozida. Um pedacinho de pão na mão esquerda e o garfo na mão direita. Pouco a pouco, retirar aqueles pedaços branquinhos, saboreá-los. À parte, numa tacinha, uma salada de tomate vermelhinho - pepino - cebola nova - pimentos assados, todos cortados em cubinhos e temperados com sal, oregãos, azeite e vinagre. No fundo da taça, fica um molhinho. Tipo gaspacho. Huuum! Para refrescar. Quando só restam tripas e espinha, à laia de despedida, cerrego na cabeça com o pedaço de pão. Aquele gostinho a óleo e a mar! E atiro-me a outra.
Abri-vos o apetite?

P.S. - Quando na Serra, a sardinha é assada e comida em casa. Aí, como sou eu que lavo a louça, pego numa fatia de pão e coloco a sardinha em cima, uma a uma, claro. Como com as falangetas, os primeiros talheres do "homem". É como sabem melhor.
E se o lavar da louça não retirar o cheiro dos dedos, pego em pasta de dentes, vinho tinto e limão ... qualquer um destes é um bom limpador de cheiro de sardinhas nos dedos das mãos.